Atualmente, a população do país é formada por pouco mais de 203 milhões de brasileiros
Com pouco mais de dois anos de atraso, saem os resultados do Censo Demográfico 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo dados atualizados, o país conta com uma população de 203.062.512 habitantes.
A capital paulista continua tendo o maior contingente populacional do Brasil, contabilizando 11.451.245 pessoas, assim como o estado, com 44.420.459 — o que pode impactar no custo de vida e no valor de aluguel e compra de casas em SP.
Apesar disso, as projeções obtidas foram negativas: o número esperado pelos pesquisadores era de 207,7 milhões de brasileiros, com um resultado de 4,7 milhões de habitantes a menos do que o esperado.
O que é o Censo e como ele é feito?
Antes de mais nada, é importante lembrar que o Censo Demográfico é um tipo de estudo que estipula a quantidade de pessoas existentes em um país, considerando informações que vão desde o número de moradores dentro de uma casa até dados mais específicos, como idade, gênero e condição de moradia.
No Brasil, a instituição responsável por fazer a coleta de todos esses dados é o IBGE, e esse recenseamento é realizado em todo o território nacional a cada 10 anos. Acontece que, em razão da pandemia de covid-19 em 2020 e do corte de verbas em 2021, o Censo acabou sendo postergado para 2022.
Os números obtidos revelam um cenário relativamente próximo à realidade do país, tendo em vista, porém, a recusa de muitos brasileiros em receber os profissionais em seus lares — estima-se que, em 1 milhão de domicílios, os moradores não quiseram responder à pesquisa demográfica.
O que diz o Censo 2022
O principal dado revelado pelo Censo 2022 é o aumento de 6,45% na população brasileira quando comparado ao Censo de 2010, o último realizado no país. Isso significa que de 190.755.799 de pessoas, o país conta agora com pouco mais de 203 milhões, 12.262.757 a mais.
O número é também inferior aos 215 milhões estipulado pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Mesmo assim, o Brasil continua na sétima colocação no ranking de países mais populosos do mundo, ficando atrás de Nigéria, Paquistão, Indonésia, Estados Unidos, Índia e China.
As regiões brasileiras que tiveram maior crescimento populacional foram Sudeste, com 4.482.777 de habitantes, e Sul, com 2.546.424. Destaque para o crescimento anual do país, considerado o menor da série histórica, ficando no patamar de 0,52%. A média de moradores por domicílio também caiu de 3,31 para 2,79.
Outro dado que chama atenção é o aumento populacional fora dos grandes centros urbanos: 66,58% dos novos habitantes preferiram se concentrar em municípios do interior do país.
Ranking dos municípios
Em relação aos municípios, o mais populoso do país continua sendo a cidade de São Paulo, seguido de Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. O ranking das 20 cidades mais populosas, que concentra 22,1% da população do país, inclui 17 capitais, além de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e São Gonçalo (RJ).
Ao mesmo tempo, houve uma queda significativa no número populacional de algumas cidades, a exemplo da capital baiana (Salvador), que saiu de 2.675.656 habitantes em 2010 para 2.418.005 em 2022, e da capital fluminense (Rio de Janeiro), que foi de 6.320.446 para 6.211.423, respectivamente.
Segundo Claudio Stenner, diretor de geociências do IBGE, em entrevista à Agência de Notícias do instituto, essa retração populacional em metrópoles é algo inédito no Brasil, o que, provavelmente, tem a ver com o espalhamento dessas pessoas para cidades próximas aos grandes centros urbanos.
