Entenda como a prática de atividades físicas pode reduzir os efeitos da hipertensão e quais são os mais recomendados pelos especialistas
Praticar esporte ou algum exercício físico é importante para todas as pessoas e em qualquer idade, mas, para indivíduos hipertensos, isso se torna essencial tanto para a qualidade de vida quanto para minimizar os riscos da doença.
A pressão arterial alta atinge cerca de 30% da população adulta brasileira e mais de 50% das pessoas na terceira idade convivem com ela, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).
De modo simplificado, a pressão arterial consiste na força com que o sangue é impulsionado contra as paredes das artérias, e ela pode aumentar ou diminuir conforme a idade, a atividade desempenhada, as emoções, as condições do coração ou demais fatores.
Quando ela ultrapassa constantemente os 140/90 mmHg, a pressão arterial é considerada alta. Embora ainda não tenha cura para a condição, algumas medidas podem ser fortes aliadas para controlar seus níveis elevados.
Manter um estilo de vida saudável, adotar uma dieta com baixo teor de sal e praticar exercícios físicos são ótimos hábitos para reduzir a pressão arterial — e eles podem ser associados aos medicamentos específicos prescritos pelos médicos.
Algumas atividades físicas são ainda mais eficientes no controle da doença e podem trazer o bem-estar que o hipertenso precisa para viver uma vida mais leve. Confira abaixo quais são!
Os melhores exercícios para controlar a pressão alta
Uma pesquisa publicada no British Journal of Sports Medicine envolvendo cerca de 16 mil pessoas constatou que os exercícios de força são as melhores opções para reduzir a pressão arterial e monitorar a condição da doença.
Além disso, os exercícios isométricos — que promovem contração muscular sem movimentação e com o corpo estático —, como prancha abdominal, agachamento na parede, levantamento pélvico, elevação de panturrilha, flexão de braço na parede, entre outros, são ainda mais eficientes para melhorar o condicionamento físico do hipertenso.
Os exercícios isométricos contribuem para o fortalecimento muscular profundo, melhoram a estabilidade e o equilíbrio, diminuem o impacto nas articulações e aumentam a consciência corporal.
Jamie O’Driscoll, autor do estudo e pesquisador da Canterbury Christ Church University, explica que esse tipo de treinamento cria uma tensão muscular quando mantido por dois minutos, e com isso, causa um aumento repentino no fluxo sanguíneo ao fim do exercício, quando os músculos são relaxados. Essa elevação no fluxo do sangue é benéfica para a saúde cardiovascular.
A principal orientação dos especialistas atualmente é fazer exercícios com intensidade moderada, como caminhadas, corridas curtas e ciclismo, que também podem ser somados aos movimentos isométricos, conforme orientação de um profissional de educação física ou de um médico.
Qual é a frequência e por quanto tempo é necessário fazer os exercícios?
Conforme o estudo de Jamie O’Driscoll, o ideal é fazer quatro séries de cada exercício por dois minutos, com uma pausa de dois minutos entre elas, três vezes por semana.
Manter uma rotina de treinos será benéfico para o controle da pressão arterial e terá um impacto significativo na redução dos riscos de acidentes cardiovasculares.
Segundo a British Heart Foundation, as atividades físicas minimizam em 35% as chances de doenças em geral, especialmente as do coração.
