Vendas de motos no Paraná tem o melhor desempenho nos últimos dez anos

Vendas de motos no Paraná tem o melhor desempenho nos últimos dez anos

Aumento no estoque, como fez a Honda Blokton, ajudou a desafogar a forte demanda, enquanto reflexos da crise econômica motivaram consumidores a migrarem para o universo de duas rodas

Vendas de motos no Paraná tem o melhor desempenho nos últimos dez anos
Aumento no estoque, como fez a Honda Blokton, ajudou a desafogar a forte demanda, enquanto reflexos da crise econômica motivaram consumidores a migrarem para o universo de duas rodas

Definitivamente, os reflexos negativos da pandemia no setor de motocicletas começam a ficar para trás. Em 2022, o mercado de duas rodas no Paraná registrou um crescimento nas vendas de 7,3%. Foram 54.814 unidades comercializadas no ano passado ante 51.064 em 2021. É o melhor resultado nos últimos dez anos – em 2012 foram emplacadas 62.301 de exemplares.

Curiosamente, a crise econômica desencadeada pela Covid-19 é um dos fatores que têm puxado o volume de emplacamentos para cima. A disparada nos preços dos combustíveis e a busca por um meio de transporte mais rápido e de menor custo de aquisição e manutenção atraíram novos consumidores para o universo das duas rodas.

“Como reflexo da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar o transporte coletivo e migraram para as motos com intuito de adquirir um meio de locomoção de maior agilidade e menor custo”, observa Rudney Doscher, diretor de Operações da Honda Blokton.

Maior estoque do Paraná diminui fila de espera

Por ser a concessionária de motos que mais vende no estado, a empresa paranaense é um termômetro para o desempenho do setor no Paraná. A Blokton também registrou em 2022 uma alta na casa dos 7% entre modelos zero km.

Na avaliação do executivo, mesmo com a produção industrial reduzida em 2021, o mercado continuou com uma maior intenção de compra, o que acabou impactando nos números de vendas ao longo dos 12 meses seguintes.

“O aumento da produção acelerou o faturamento de motos novas pelas fabricantes, diminuindo a fila de espera, principalmente no último bimestre de 2022”, salienta Doscher. Na Blokton, por exemplo, o tempo de entrega reduziu em 25%.

“Temos o maior estoque de motocicletas do Paraná e um dos maiores do Brasil, e, com isso, a empresa conseguiu minimizar a fila de espera para alguns modelos”, complementa.

As categorias voltadas para o uso urbano foram as mais procuradas. No Brasil, representaram mais de 75% dos novos licenciamentos em duas rodas em 2022. Para se ter uma ideia, as líderes de vendas Honda Biz e CG 160 tiveram um aumento de 10,3% na Blokton. A rede também teve um aumento de 7,5% na compra por exemplares de alta cilindrada.

No Paraná, a Honda abocanhou 73,6% das motos zero km comercializadas, seguida por Yamaha (15,1%), Shineray (3,43%), BMW (1,84%) e Kawasaki (1,40%).

Aposta na seminova e consórcio

A falta de componentes e de peças que paralisou a linha de montagem automobilística nacional em 2021 e que refletiu nas vendas do primeiro semestre de 2022 motivou algumas concessionárias a apostarem no segmento de motos seminovas. A Blokton foi uma delas e, por isso, fechou 2022 com um saldo positivo de 10,5%.

Consumidores optaram por não entrar na longa fila de espera da zero km, que chegava a 60 dias, e buscaram veículos a pronta-entrega. De acordo com Doscher, o aumento no estoque de cerca de 20% foi fundamental para essa evolução. Hoje o grupo, formado por 21 lojas espalhadas pelo Paraná, possui cerca de 400 unidades em estoque para atender a forte demanda. “As vendas de seminovas superaram as expectativas. Trabalhamos acima da nossa meta operacional”, pontua.

O desempenho da Blokton, inclusive, foi na contramão dos mercados nacional e paranaense, que verificaram quedas de 11,6% e 7,5%, respectivamente, no volume de transferência.

O consórcio também foi outro produto bem explorado pela empresa para suprir a procura reprimida, principalmente de novos consumidores. De janeiro a dezembro de 2022, o porcentual de alta ficou em 1,8%.
“Muitas vezes o cliente não pretende investir no pagamento de uma parcela mais elevada que a do financiamento, por isso escolhe o consórcio. Além disso, ele tem a opção de adquirir o bem sem a cobrança de juros”, justifica o diretor. A Blokton é o maior grupo em vendas de cotas de consórcio da Região Sul.

Expectativas para 2023

O varejo de motocicletas no país deve registrar um incremento nas vendas de 9,4% em 2023 comparado a 2022 (1,49 milhão contra 1,36 milhão). A projeção é da Abraciclo, associação nacional que reúne as fabricantes de motocicletas. O Paraná deve acompanhar esse ritmo, porém ainda não há uma perspectiva anunciada por representantes do comércio.

No Brasil, no ano passado o número de motocicletas negociadas aumentou 17,7% na comparação com o ano anterior. Foram 1.361.941 unidades emplacadas contra 1.156.776 em 2021, sendo o melhor resultado em oito anos.

“O ano de 2023 começa com incertezas em relação ao novo governo. Ainda temos de esperar como será a política de crédito para fazer uma projeção. O mercado financeiro aguarda uma definição das estratégias governamentais”, pondera Doscher.

Pelo menos em relação à produção industrial, a expectativa é bastante favorável, o que significa que não faltarão produtos nas lojas. A Abraciclo estima a fabricação de 1,55 milhão de motocicletas neste ano, o que representaria uma elevação de 9,7% sobre 2022 – que, por sua vez, já havia registrado alta de 18,2% em relação a 2021.

Definitivamente, os reflexos negativos da pandemia no setor de motocicletas começam a ficar para trás. Em 2022, o mercado de duas rodas no Paraná registrou um crescimento nas vendas de 7,3%. Foram 54.814 unidades comercializadas no ano passado ante 51.064 em 2021. É o melhor resultado nos últimos dez anos – em 2012 foram emplacadas 62.301 de exemplares.

Curiosamente, a crise econômica desencadeada pela Covid-19 é um dos fatores que têm puxado o volume de emplacamentos para cima. A disparada nos preços dos combustíveis e a busca por um meio de transporte mais rápido e de menor custo de aquisição e manutenção atraíram novos consumidores para o universo das duas rodas.

“Como reflexo da pandemia, muitas pessoas deixaram de usar o transporte coletivo e migraram para as motos com intuito de adquirir um meio de locomoção de maior agilidade e menor custo”, observa Rudney Doscher, diretor de Operações da Honda Blokton.

Maior estoque do Paraná diminui fila de espera

Por ser a concessionária de motos que mais vende no estado, a empresa paranaense é um termômetro para o desempenho do setor no Paraná. A Blokton também registrou em 2022 uma alta na casa dos 7% entre modelos zero km.

Na avaliação do executivo, mesmo com a produção industrial reduzida em 2021, o mercado continuou com uma maior intenção de compra, o que acabou impactando nos números de vendas ao longo dos 12 meses seguintes.

“O aumento da produção acelerou o faturamento de motos novas pelas fabricantes, diminuindo a fila de espera, principalmente no último bimestre de 2022”, salienta Doscher. Na Blokton, por exemplo, o tempo de entrega reduziu em 25%.

“Temos o maior estoque de motocicletas do Paraná e um dos maiores do Brasil, e, com isso, a empresa conseguiu minimizar a fila de espera para alguns modelos”, complementa.

As categorias voltadas para o uso urbano foram as mais procuradas. No Brasil, representaram mais de 75% dos novos licenciamentos em duas rodas em 2022. Para se ter uma ideia, as líderes de vendas Honda Biz e CG 160 tiveram um aumento de 10,3% na Blokton. A rede também teve um aumento de 7,5% na compra por exemplares de alta cilindrada.

No Paraná, a Honda abocanhou 73,6% das motos zero km comercializadas, seguida por Yamaha (15,1%), Shineray (3,43%), BMW (1,84%) e Kawasaki (1,40%).

Aposta na seminova e consórcio

A falta de componentes e de peças que paralisou a linha de montagem automobilística nacional em 2021 e que refletiu nas vendas do primeiro semestre de 2022 motivou algumas concessionárias a apostarem no segmento de motos seminovas. A Blokton foi uma delas e, por isso, fechou 2022 com um saldo positivo de 10,5%.

Consumidores optaram por não entrar na longa fila de espera da zero km, que chegava a 60 dias, e buscaram veículos a pronta-entrega. De acordo com Doscher, o aumento no estoque de cerca de 20% foi fundamental para essa evolução. Hoje o grupo, formado por 21 lojas espalhadas pelo Paraná, possui cerca de 400 unidades em estoque para atender a forte demanda. “As vendas de seminovas superaram as expectativas. Trabalhamos acima da nossa meta operacional”, pontua.

O desempenho da Blokton, inclusive, foi na contramão dos mercados nacional e paranaense, que verificaram quedas de 11,6% e 7,5%, respectivamente, no volume de transferência.

O consórcio também foi outro produto bem explorado pela empresa para suprir a procura reprimida, principalmente de novos consumidores. De janeiro a dezembro de 2022, o porcentual de alta ficou em 1,8%.
“Muitas vezes o cliente não pretende investir no pagamento de uma parcela mais elevada que a do financiamento, por isso escolhe o consórcio. Além disso, ele tem a opção de adquirir o bem sem a cobrança de juros”, justifica o diretor. A Blokton é o maior grupo em vendas de cotas de consórcio da Região Sul.

Expectativas para 2023

O varejo de motocicletas no país deve registrar um incremento nas vendas de 9,4% em 2023 comparado a 2022 (1,49 milhão contra 1,36 milhão). A projeção é da Abraciclo, associação nacional que reúne as fabricantes de motocicletas. O Paraná deve acompanhar esse ritmo, porém ainda não há uma perspectiva anunciada por representantes do comércio.

No Brasil, no ano passado o número de motocicletas negociadas aumentou 17,7% na comparação com o ano anterior. Foram 1.361.941 unidades emplacadas contra 1.156.776 em 2021, sendo o melhor resultado em oito anos.

“O ano de 2023 começa com incertezas em relação ao novo governo. Ainda temos de esperar como será a política de crédito para fazer uma projeção. O mercado financeiro aguarda uma definição das estratégias governamentais”, pondera Doscher.

Pelo menos em relação à produção industrial, a expectativa é bastante favorável, o que significa que não faltarão produtos nas lojas. A Abraciclo estima a fabricação de 1,55 milhão de motocicletas neste ano, o que representaria uma elevação de 9,7% sobre 2022 – que, por sua vez, já havia registrado alta de 18,2% em relação a 2021.

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