Saiba quais os custos envolvidos para se ter um carro

Quem nunca sonhou em ter um carro? Com certeza esse é ou já foi objeto de desejo da maioria da população, independente da finalidade. Tem aqueles que pretendiam ter o próprio veículo para passear nos fins de semana, enquanto outros gostariam de utilizá-lo como ferramenta de trabalho. Tem também pessoas que usariam o carro para atividades do dia a dia, enquanto outra parte apenas quando uma urgência acontecer.

Independentemente do motivo, o fato é que os brasileiros estão deixando de ter esse objetivo. Para se ter uma ideia, em seis anos, houve redução no número de novas Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) de 10,8%. Os dados foram apurados pela CNN, que revelou que as pessoas dessa pesquisa têm entre 18 e 30 anos.

Existem vários fatores que podem ter ocasionado essa queda. Um dos principais tem relação com o custo. Entre 2019 e 2023, o valor de mercado de veículos subiu mais de 20%. Isso foi algo quase inédito nas últimas décadas, visto a desvalorização natural que se tem desse bem.

Além disso, um estudo produzido pela JATO Dynamics, consultoria automotiva, revelou que, em 2017, o preço médio do carro novo no Brasil era de quase R$ 71 mil. Cinco anos depois, em 2022, os veículos passaram a custar, em média, R$ 129 mil. Isso significa que os automóveis ficaram 85% mais caros.

No caso, essa quantia se refere apenas ao valor do carro. Em uma simulação, incluindo custos necessários como IPVA, prestação do carro, combustível e revisão, o valor pode chegar a R$ 4 mil por mês, o que pode totalizar, ao ano, quase R$ 50 mil.

Comparando com a base salarial do país, o custo de ter um carro é bem alto. No caso, o salário mínimo é de R$ 1.320, enquanto a média está em cerca de R$ 3 mil, conforme o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Nesse caso, entender que o custo de um veículo não está envolvido apenas na prestação do financiamento ou da compra é fundamental. Existem outros diversos gastos que devem ser considerados para fazer um bom planejamento e não se afundar com as despesas. Alguns dos gastos que devem ser levados em consideração pelos motoristas antes da compra são:

  • Combustível mensal;
  • Impostos anuais, como IPVA, licenciamento e emissão de CRLV;
  • Revisões periódicas para manter o bom funcionamento do carro;
  • Seguro;
  • Estacionamento;
  • Custos para manter a higienização adequada.

Além disso, há outros custos emergenciais que podem surgir, como a troca de peças, pneus, manutenção, etc. A depreciação do veículo — quanto o valor do carro vai caindo no decorrer dos anos — também deve ser levada em conta.

Alguns especialistas explicam um método de distribuição de renda para que cada um consiga se planejar da melhor forma. A técnica é a seguinte:

  • 50% para gastos essenciais; isso inclui aluguel, prestação de carro, contas de casa que envolvem mercado, gás, água, luz, além de plano de saúde.
  • 30% é direcionado para as situações supérfluas. Roupas novas, viagens, jantares, entre outros, se enquadram aqui.
  • 20% para dívidas ou investimentos. Esse ponto é fundamental, principalmente se for para juntar uma quantia. Isso vai garantir que a pessoa tenha uma reserva no futuro se alguma emergência acontecer.

Como dito anteriormente, é fundamental ter um projeto bem definido para não ter sufocos econômicos. Em cada renda, é possível adequar-se a uma realidade. Uma das opções que estão em alta atualmente são os carros por assinatura, que podem ser uma alternativa para quem deseja economizar. Isso porque o motorista arca apenas com o valor mensal do aluguel — que inclui documentação, manutenção e seguro — e do combustível.

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