Os cachorros adultos costumam dormir uma média de 11 a 14 horas por dia, variando de acordo com os hábitos domésticos e as características típicas da raça. Mas, é fato que, em comparação aos humanos, eles passam igual ou até mais tempo dormindo. É compreensível, então, que, além de descansar, as sonecas também sirvam como estratégias de comunicação entre pet e tutor.
A avaliação do sono animal permite o acesso a informações mais completas sobre o seu bem-estar. Por consequência, consegue orientar quais ajustes são necessários para proporcionar melhor qualidade de vida para o companheiro de quatro patas. Na lista abaixo com as 7 posições mais comuns, existem padrões de interpretações postuladas por diferentes especialistas em comportamento canino.
1 – Enrolado (bolinha)
A posição clássica do corpo em forma oval, patas encolhidas e focinho encontrando a ponta do rabo figura entre as mais recorrentes Essa predileção ocorre devido à proteção dos órgãos vitais e a sensação de equilíbrio térmico corporal, especialmente quando são registradas temperaturas ambientais mais baixas. Via de regra, estão associados a esse estilo de soneca os filhotes e demais cães dóceis e tranquilos.
2 – Super-herói
Tranquilidade não costuma ser o ponto forte do pet com o hábito de curtir o sono de barriga para baixo e com as patas esticadas para frente. Afinal, essa trata-se de uma acomodação característica de quem gastou as energias, mas quer se colocar à disposição para quando for chamado para uma nova brincadeira ou caso algo chame sua atenção. Nesse caso, é interessante conceder um intervalo de descanso para o cachorro recuperar o ânimo.
3 – Barriga para cima com as patas abertas
No universo animal, deixar os órgãos vitais à mostra sinaliza força no vínculo criado com os cuidadores e o ambiente. Nos casos em que o cãozinho dorme assim, tem-se a confirmação de que ele se sente bem e protegido naquele local e, por isso, se permite entrar em estado de pleno relaxamento e vulnerabilidade. Em outras palavras, confirma as ações positivas pelo cuidado que tem recebido.
4 – Barriga para baixo e enrolado
Embora seja uma conduta habitual, essa postura desperta sinais de alerta, pois está associada como um paliativo de dor e apreensão do animal. Nas situações em que essa soneca vem acompanhada de tremores, contrações ou grunhidos é interessante chamar pelo pet e observar o estado geral. Caso apresente desvio no padrão comportamental, deve-se levar para o veterinário proceder com uma avaliação clínica.
5 – Pose de leão
Deitado e com a cabeça em cima ou entre as patas dianteiras, essa pose semelhante a de um leão na selva indica um sono leve e transitório. Isto é, o cachorro pode desde despertar com quaisquer barulhos ou estímulos até evoluir para um cochilo mais profundo, quando se tende a rolar para o lado.
6 – Deitado de lado
Assim como para os humanos, dormir de lado favorece o conforto e o descanso de diferentes grupos musculares. Não por acaso, com o avanço da idade, os cachorros passam a preferir tirar as suas horas de sono dessa maneira. De modo geral, é um indício de bem-estar animal.
7 – Conchinha
Pets que gostam de tirar uma soneca com os donos frequentemente aconchegam-se próximo ao corpo do tutor. Isso é um sinal de muito afeto e segurança, também se relacionando com os dias mais frios, nos quais a proximidade ajuda na regulação térmica.
Além da conchinha, a maioria das posições apresentadas podem ser compartilhadas com o tutor. No entanto, humanos e pets que apresentam distúrbios do sono tendem a sentir prejuízos ao dormir juntos. Essa é a conclusão do diretor de pesquisa do sono e professor da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, Vsevolod Polotsky, veiculada no portal de notícias CNN.
Segundo esse raciocínio, o tutor que perceber um aumento no número de despertares noturnos ao dividir a cama com o cãozinho, provavelmente precisará estabelecer alguns limites. O principal deles é romper com o compartilhamento. Para evitar quebra no vínculo, recomenda-se acomodar o cão em uma confortável cama para cachorros dentro do quarto. Assim, o ambiente continua sendo partilhado, mas, agora, sem prejudicar a individualidade.
