
Perdeu um dedo da mão no trabalho? Você pode receber indenização por perda de membro

Sofrer um acidente no trabalho é uma experiência traumática que pode trazer consequências físicas, emocionais e financeiras.
Quando a lesão resulta na perda de um dedo ou outro membro, além do impacto direto na qualidade de vida, surgem dúvidas sobre os direitos e possíveis indenizações.
Quando a perda de um dedo da mão dá direito à indenização?
A perda de um dedo da mão, especialmente em ambiente de trabalho, é considerada uma lesão grave e, em muitos casos, o trabalhador tem direito à indenização por perda de membro.
No entanto, é importante entender que cada situação será analisada conforme suas particularidades, porque o fator principal é a perícia entender qual é o impacto real que a lesão tem sobre o trabalhador, verificando se essa lesão está afetando a capacidade laboral.
Além disso, também será considerado o impacto emocional, estético e financeiro que a perda do membro gerou para o acidentado.
Lesões permanentes que impactam a capacidade de realizar tarefas manuais
Um dos aspectos mais importantes para avaliar a indenização por perda de membro, é o impacto da lesão na capacidade de realizar tarefas do dia a dia.
Por exemplo, se o trabalhador utiliza as mãos para desempenhar funções específicas, como operar máquinas, fazer trabalhos manuais ou desempenhar atividades que exigem coordenação motora fina, a perda de um dedo pode comprometer diretamente sua profissão e rendimento.
Além disso, lesões permanentes podem limitar a realização de tarefas básicas, como cozinhar, dirigir ou até mesmo vestir-se. Dessa forma, é avaliada não apenas a capacidade de retorno ao trabalho, mas também como a perda afeta a qualidade de vida do indivíduo.
Acidentes causados por condições inseguras ou negligência do empregador
Em segundo lugar, para garantir a indenização por perda de membro é preciso identificar se o acidente foi causado por condições inseguras no ambiente de trabalho.
Sendo assim, as máquinas mal ajustadas, falta de treinamento adequado, ausência de equipamentos de proteção individual (EPIs) ou negligência do empregador na manutenção da segurança são fatores que podem caracterizar responsabilidade direta da empresa pelo ocorrido.
Por exemplo, se um trabalhador perdeu um dedo ao operar uma máquina que estava com defeito, e a empresa sabia ou deveria saber do problema, isso configura negligência.
Nessas situações, o empregador pode ser responsabilizado e obrigado a pagar indenizações por danos materiais, morais e estéticos.
Direitos do trabalhador em caso de perda de um membro
Quando um trabalhador sofre uma lesão grave, como a perda de um dedo ou outro membro, ele tem uma série de direitos garantidos pela legislação trabalhista brasileira e pelas normas de segurança do trabalho. Esses direitos são destinados a compensar os danos sofridos e garantir o mínimo de estabilidade financeira para enfrentar as consequências do acidente.
Indenização por danos morais, estéticos e materiais devido à lesão
A indenização por danos morais é concedida devido ao sofrimento psicológico que acompanha a perda de um membro.
Nesse caso, os sentimentos como vergonha, tristeza ou dificuldade de adaptação podem ser compensados com uma reparação financeira. Já os danos estéticos envolvem a alteração física causada pela perda do dedo, enquanto os danos materiais dizem respeito aos custos médicos, como tratamentos, cirurgias ou reabilitações.
Por exemplo, se o trabalhador precisa de fisioterapia prolongada para recuperar parte da mobilidade ou adaptar-se ao uso de uma prótese, os custos desses tratamentos devem ser cobertos pela indenização.
Direito ao auxílio-acidente em caso de redução permanente da capacidade
Além da indenização, o trabalhador pode ter direito ao auxílio-acidente, um benefício previdenciário pago pelo INSS, sendo destinado a quem sofreu uma redução permanente na capacidade de trabalho, mesmo que parcial.
O auxílio-acidente é concedido independentemente de o trabalhador continuar ou não empregado e equivale a 50% do salário de benefício.
Para solicitar o auxílio-acidente, é necessário passar por uma perícia médica do INSS, que avalia a extensão da lesão e sua relação com a capacidade de trabalho. O benefício é vital para complementar a renda do trabalhador afetado.
Como calcular a indenização por perda de um membro?
Calcular o valor da indenização por perda de um dedo ou outro membro exige considerar diferentes fatores, como o impacto na vida pessoal e profissional do trabalhador, bem como os custos diretos e indiretos relacionados ao acidente.
Baseia-se no impacto financeiro, emocional e na perda de capacidade laboral
O valor da indenização considera o prejuízo financeiro sofrido pelo trabalhador, como a redução da capacidade de gerar renda no futuro.
Sendo assim, se o trabalhador dependia do uso das mãos para exercer sua profissão, a perda de um dedo pode significar uma limitação que impacta diretamente seus rendimentos.
Além disso, o sofrimento emocional e as dificuldades de adaptação também são avaliados.
Por isso, é muito comum que peritos médicos do INSS sejam consultados para definir o impacto da lesão no dia a dia do trabalhador.
Inclui custos com tratamento médico, reabilitação e perda de renda futura
Outro fator importante no cálculo da indenização são os custos com tratamentos médicos, reabilitação e adaptações necessárias para o retorno à vida cotidiana.
Isso inclui despesas com consultas, fisioterapia, medicamentos e até mesmo adaptações no ambiente de trabalho ou na residência.
Por fim, a perda de renda futura é um elemento essencial no cálculo. Por exemplo, se o trabalhador estava próximo da aposentadoria e a lesão compromete sua capacidade de alcançar esse objetivo, isso será considerado na definição do valor da compensação.
Importância de buscar apoio jurídico
Diante da complexidade de um processo de indenização por perda de um membro, é fundamental contar com o apoio de um advogado especializado em direito trabalhista e previdenciário.
Esse profissional conseguirá analisar cada detalhe do caso, identificar os direitos do trabalhador e garantir que a indenização seja justa e abrangente.
Um advogado especializado ajuda na defesa dos seus direitos
Advogados especializados têm experiência em lidar com questões como negligência do empregador, cálculos de indenização e disputas envolvendo o INSS.
Além disso, eles podem ajudar na coleta de provas, como documentos médicos e laudos técnicos, fundamentais para fortalecer o caso.
Sem o suporte jurídico adequado, é comum que trabalhadores enfrentem dificuldades para receber a indenização que realmente têm direito.
Por isso, buscar orientação profissional é um passo essencial para assegurar que seus direitos sejam respeitados.
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