Muriel Gardiner: a mulher que salvou muitas vidas durante o nazismo

Conheça a personagem histórica que articulava movimentos e abrigava refugiados em sua casa

Muriel Gardiner nasceu em 1901, em Chicago (EUA), advinda de uma família cuja fortuna foi conquistada através da indústria de carne embutida. Desde sempre interessou-se por política, e em sua juventude elaborou vários movimentos, chegando até mesmo a organizar uma espécie de ação sufragista, reivindicando direitos das mulheres a votarem e serem votadas, movimento este que se expandiu. O interesse pela política prosseguiu em sua vida, de maneira que se estruturou e utilizou de sua fortuna e esperteza para salvar vidas na época nazista.

Seus ideais de mundo foram fortemente influenciados pelo naufrágio do Titanic, quando notou que as reportagens acerca do naufrágio denominavam as grandes famosas que morreram, mas referiam-se aos outros como ocupantes da classe econômica de maneira pejorativa. A partir desse evento, com 11 anos, Gardiner tornou-se ativista.

Ela cursou o ensino superior em Wellesley College, em Massachusetts, e depois na Universidade de Oxford (Reino Unido), antes de se mudar para Viena (Áustria); a mudança ocorreu em função do desejo de ser analisada pelo psicanalista Sigmund Freud, no entanto Gardiner foi encaminhada para um amigo. Em função das questões políticas da Áustria, o governo socialista foi retirado do poder e posteriormente perseguido pelo regime fascista. No entanto, a ativista permaneceu no país e decidiu aliar-se às causas sociais, fazendo parte da resistência.

Dentro do movimento, era conhecida como Mary e utilizava de suas residências em Viena para esconder colegas, realizar reuniões e fazer articulações ativistas. Chegou a esconder o líder socialista Joseph Buttinger, que, em 1930, tornou-se seu marido. Ambos fizeram diversas campanhas para ajudar judeus e outros refugiados a conseguir visto e emprego nos Estados Unidos.

Nem mesmo ela poderia contar quantas vidas salvou; a vida dupla a ajudava, uma vez que mantinha a ideia de mãe e estudante e também participava da resistência, por isso conseguia contrabandear passaportes falsos e usar de sua influência para retirar austríacos perseguidos do país. Para além disso, também se arriscava de maneira mais ativa, e chegou até mesmo em determinada situação a viajar de trem e escalar uma montanha por três horas no inverno, para entregar passaportes a dois amigos que estavam escondidos. Mary é uma importante figura histórica, cuja importância é denotada; a ativista faleceu em 1985, mas deixou um grande legado. Atualmente, faz-se necessário compreender a significância dessas personalidades de maneira profunda, especialmente para aqueles que pretendem prestar vestibulares ou realizar concursos em 2023; compreender fatos históricos e relacioná-los com esses personagens protagonistas é essencial para um bom desempenho.

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